domingo, 10 de junho de 2012

A rentabilidade da poupança caiu, e agora?

Fonte: Dinheirama.com, por Conrado Navarro
Eric comenta: “Navarro, o Banco Central decidiu que os juros devem continuar caindo e a Taxa Selic agora está em 8,5%. Até ai, tudo bem, parece ser algo bom, mas e a caderneta de poupança? Agora ela renderá menos de 6% ao ano, não é mesmo? O que devemos fazer? Ela continua uma boa alternativa? Onde mais podemos investir com segurança e custos baixos? Obrigado”.
Uma das máximas dos investimentos nos lembra de que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Normalmente associada a aplicações em renda variável, essa frase bem que poderia ser lembrada também porinvestidores mais conservadores, que optam pela renda fixa com muita frequência. A razão? A queda da taxa Selic, é claro.
Juros mais baixos desde a criação do real
A taxa Selic, hoje em 8,5%, encontra-se atualmente no menor patamar desde a criação do Plano Real, em 1994, e também desde a criação da taxa, em 1986. Nossos juros reais, antes os maiores do mundo, agora ficam em torno de 3,5% (descontada a inflação esperada de 5%) e aparecem na segunda colocação, atrás apenas da Rússia (com 4,3%).
Produtos de renda fixa, atrelados à variação da Selic, oferecem rentabilidades cada vez menores. Cabe lembrar o leitor que a Selic já foi de 45% em 1999, passando por 26,5% em 2003 (temores na eleição de Lula) e oscilando sempre para baixo a partir daí (com picos, é claro).
Em 2009, depois do auge da crise financeira mundial, chegamos a 8,75%, mas logo a economia esquentou e a taxa voltou a subir. A posse de Dilma veio acompanhada de uma mudança no perfil do Banco Central e, desde meados de 2011, a “ordem” é baixar os juros. Aqui estamos, pois, com os menores juros de nossa história e o governo querendo mais.
Isso muda mesmo a nossa vida?
O movimento de queda dos juros deveria, por si só, ser responsável por levar os preços dos produtos a patamares mais baixos depois de algum tempo. Tal medida, no entanto, foi acelerada pela determinação do governo de baixar também o custo do crédito oferecido aos consumidores, movimento iniciado através dos bancos públicos e seguido pela banca privada.
Surgiu então a necessidade de rever a rentabilidade da caderneta de poupança. Como garantir 6% ao ano, sem taxas e impostos, se há o desejo de levar os juros a patamares ainda mais baixos? Sem chances! A poupança passou, então, por uma mudança emergencial (via Medida Provisória) e renderá 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR) sempre que a Selic estiver em 8,5% ou menos. Expliquei isso no artigo “As mudanças na rentabilidade da poupança afetam sua vida?”.

Imagem da Semana


Detalhes: A cena 01 é fruto de uma negligência desleixo da cena 02, vamos refletir.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Brasileiro reclama de quê?

TáReclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? do Renan? do Palocci?  do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso?

Brasileiro reclama de quê?

O Brasileiro é assim:
A- Coloca nome em trabalho que não fez.
B- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.
C- Paga para alguém fazer seus trabalhos.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Brasil, rumo a uma aeconomia semi-estatal


Por Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial.
Fonte: Dinheirama.com
Caro leitor, começo o texto me desculpando pelo eventual alarmismo que a pergunta do título provoca. Entendo se decidir parar a leitura por aqui, afinal levar um susto realmente não é nada agradável. Porém, caso deseje entender o motivo pelo qual adotei, propositadamente, expressão tão impactante, faço um convite para que me acompanhe até o final – e depois fique a vontade para julgar o conteúdo com todo rigor.
Da mesma forma, devo confessar que foi justamente por conta de um susto assim, mas neste caso baseado em um fato concreto, que decidi abordar o tema desta maneira. Na verdade, tratou-se daquilo que denomino como susto econômico.
E, não se engane, não abordarei por enquanto o recente processo de IPO (abertura de capital) do Facebook, considerado por um jornalista do “The New York Times” como a mais confusa, conturbada e decepcionante oferta pública inicial de ações dos últimos 30 anos.
Quanto pagamos de impostos?

terça-feira, 29 de maio de 2012

A crise européia está em plena forma

por Jornal O Estado de São Paulo/Gilles Lapouge,
em 17/05/212

O euro vai mal. Registrou uma queda em relação ao dólar, valendo agora US$ 1,2696. Desde as eleições gregas, no dia 6 de maio, a moeda única europeia perdeu quatro centavos. Não é uma queda catastrófica. Ela agrada os exportadores, prejudicados com o vigor do euro em relação ao dólar ou ao iene. Mas na realidade o recuo da moeda é sinal da péssima saúde da União Europeia e da zona do euro.

Os especialistas, claro, culpam a Grécia por essa debilidade do euro.

Esse país se dirige irremediavelmente para o abismo e atrai todos os seus parceiros europeus para baixo. De fato, é toda a Europa que se afunda no marasmo. Os últimos dados publicados pelo Eurostat são consternadores para a União Europeia e em especial para a zona do euro.

No primeiro trimestre de 2012, os 17 países que adotaram a moeda comum tiveram um crescimento nulo. Zero.

É verdade que o desempenho foi melhor do que no ano passado, quando o recuo foi de 0,3%. Mas todos os presságios eram de que o ano de 2012 seria o da retomada. A crise não seria mais do que uma triste lembrança. Mas não! A crise não é uma lembrança. Está em "plena forma".

E causa estragos.

Examinando mais de perto os dados, descobrimos uma outra razão de inquietação.

A zona do euro, essa entidade cujo objetivo é reunir as economias discrepantes do Velho Continente, está dividida em duas zonas: ao norte, os "virtuosos", com a Alemanha e a Finlândia, que prosseguem sua marcha para a frente. Ao sul, os "estropiados", Grécia, Itália, Portugal, Espanha, todos em recessão.

Entre essas duas zonas, e em igual distância uma da outra, a França, que registrou um crescimento nulo.

Esses resultados são angustiantes. Como relançar a máquina europeia se todos os indicadores estão no vermelho?

Mas há ainda pior: o instrumento que deveria permitir unificar pouco a pouco o nível de vida, as atividades, as trocas comerciais, das duas metades da Europa, a do norte e a do sul, mostrou-se incapaz de cumprir sua missão. Sem a moeda única, os países do sul capotam. E com a moeda única eles capotam da mesma maneira.

Pão e Circo

por Alexandre Garcia

O Ministro dos Esportes disse que só os jornalistas se preocupam com atrasos nas obras da copa. Que os jornalistas têm desconfiança no êxito das obras em 17 estádios. "Não vejo essa desconfiança na sociedade". O correto ministro Aldo Rebelo com certeza está tendo contato com a sociedade esportiva, não com a sociedade em geral. Porque o que tenho ouvido, em toda a parte, são críticas à loucura que levou o governo Lula a trazer o torneio mundial de futebol para o Brasil. O que as pessoas dizem é que há prioridades sérias no país que insiste em ser a terra do futebol e do carnaval.

Riqueza, liberdade e ter muito dinheiro, você quer?

por Conrado Navarro, em dinheirama.com


Patrícia comenta: “Navarro, esses dias tive uma conversa daquelas com uma amiga em torno da definição de riqueza. Ela insistia na dimensão material do termo, abordando as histórias de gente milionária, com carros, mansões e eu preferi o olhar mais humano, da pessoa livre e capaz de realizar seus sonhos de forma sustentável. Gostaria de saber sua opinião sobre tudo isso. Obrigada”.

Dinheiro é bom e todo mundo gosta! Qualquer conversa sobre finanças pessoais e investimentos que se preze precisa começar com a abordagem real dos fatos: lidamos com dinheiro todos os dias, ele é importante para nossos planos e representa a única maneira possível de uma costureira trocar seu trabalho por um pão sem ter que costurar a roupa do padeiro, como gosta de dizer Alexandre Versignassi (livro “Crash”).

Logo, dinheiro é parte integrante de nossas responsabilidades cotidianas, assim como é a higiene, a alimentação, o cuidado com a saúde, o trabalho em si e muitas outras coisas. Ora, será que negligenciamos essa questão? Pois é, a partir desse ponto a conversa começa a ficar mais interessante.